08 agosto 2015

Petição para evitar a Extinção da Fundação Zoobotânica do RS

O (des)governo do Sartori, em meio ao seu tropel fantástico de absurdos, desrespeitos, irresponsabilidades, afrontas, intransigências, desumanidades, em meio ao seu desmanche do estado com o propósito de entregá-lo à iniciativa privada, agora nos apresenta mais uma ideia imbecil: a extinção da Fundação Zoobotânica do RS, conforme proposta apresentada dentro de seu pacote ridículo de "ajuste fiscal". 

De acordo com o biólogo Paulo Brack, professor da UFRGS, a extinção da Fundação Zoobotânica consistiria em "um retrocesso inaceitável que colocará o Rio Grande do Sul na idade das trevas em termos de conhecimento e defesa da nossa biodiversidade."

O biólogo, também integrante do Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais, afirma o seguinte (texto retirado do jornal Sul21):

"É importante lembrar que a Fundação é composta por órgãos executivos consagrados, como o Museu de Ciências Naturais, o Jardim Botânico e o Parque Zoológico. Segundo a ex-diretora da FZB, Arlete Pasqualetto, o Museu de Ciências Naturais é Fiel Depositário de Componentes do Patrimônio Genético, sendo uma das poucas instituições no Brasil credenciadas pelo Conselho do Patrimônio Genético do Ministério do Meio Ambiente, mantendo em volta de 400.000 registros de plantas e animais tombados em suas coleções científicas, sendo a base de conhecimento da biodiversidade gaúcha.


A instituição mantém convênios com a grande maioria das universidades do sul do Brasil, proporcionando formação especializada de bolsistas e estagiários, que atuarão na necessária conservação da biodiversidade. Milhares de trabalhos científicos foram gerados nestas mais de 40 décadas da FZB, principalmente pelo Museu de Ciências Naturais, Jardim Botânico, em parceria com pesquisadores de outras instituições, levando luz também ao conhecimento dos ecossistemas do Estado. 

Tal rol de conhecimento subsidia as políticas públicas de preservação e conservação, tanto do bioma Pampa como da Mata Atlântica, hoje constituídos por remanescentes que perdem sua área de extensão a cada ano, restando tão somente 36% e 7% respectivamente no RS. Outro aspecto a salientar é o patrimônio de peças e conhecimento paleontológico de grande destaque em nível regional e internacional.


Com o possível fechamento da FZB, qual o futuro do Jardim Botânico (JB), com seus quase 40 hectares de área em Porto Alegre, abrigando coleções vivas de grupos de plantas representativas dos diferentes ecossistemas do Estado? Como ficará a continuidade do desenvolvimento de pesquisas científicas e técnicas para a conservação de suas espécies endêmicas, ameaçadas de extinção, medicinais, alimentares e ornamentais?

Futuro incerto sofre também o Parque Zoológico, localizado em Sapucaia, o qual mantém uma coleção de animais vivos, representantes da fauna nativa e também exótica, compondo um plantel de aproximadamente 1500 animais, de mais de 180 espécies, em grande parte, oriundas de apreensões e retenções. Os técnicos do Zoológico e do Museu de Ciências Naturais desenvolvem atividades de pesquisas e de manejo para a conservação da fauna. O Parque recebe anualmente mais de 500.000 pessoas visitantes, promovendo também programas de educação ambiental, visando conscientizar a comunidade quanto à importância das espécies e da preservação e proteção do meio ambiente. Caso a área seja privatizada, estas e outras atividades (conservação irrestrita de espécies mais chamativas ou não aos visitantes) estarão inevitavelmente comprometidas."


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