07 março 2014

Soneto de um Mundo Finito

sentido que existe além do meu corpo
leva-me a um algo distante pressinto
mais do que vida que mato e que minto
fora do tempo em que furia-me o corvo

olhei para o longe com um vasto absorto
e todo meu olho era um trago absinto
filtro de névoa onde houvesse um distinto
e o sonho não fosse um fétido aborto

findo este mundo, para onde o que digo?
há algo de eterno entre o som dos olhares
há algo de vivo entre o morto e o jazigo...

sentido que capta além dos pensares
como que sinto a que sinta contigo
quando no sangue nos vier te vingares?

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