13 dezembro 2013

da Arte de Não se Importar

olho aquele olhar
que nos olha
sem que dirija algum olhar
a nenhum lugar:
vejo-o lá
quando ele
que não ele
não o vejo
porque nem está

não se houve palavra
no seu dessilêncio
verbo-instante do denso
que se pensa dito:
é o tudo
só mais uma gota na taça
e o imenso
do nada quanto se faça

o que é feito em verdade
é feito não se importando
deixando que se fale ou cale
é assim que ficará
um sopro no alto
e um passo no vale

ele que passa sempre
a um passo
enquanto se pensa
no que pode (seu) ser...

mas quem julga
pensar que entende
há muito
nada entendeu
que pensar
é ter em mente um algo
e só serei o que sou
quando do mim mesmo
me estiver falto

aliás
o de Olhar
não se diz
de nenhum jeito
eu mesmo
não falo de coisa alguma
e este poema
como bem podem (não) ver
nem sequer

chegou a ser feito

Um comentário:

Nequéren Reis disse...

Olá!!!, Deus seja contigo, tenha um final de semana abençoado, amigo que lindo poema SUCESSO AMIGO.
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