25 dezembro 2012

Lembra-me ao Sempre


o há do que sei
é que sei que há
e seja lá o que houve

sei que ao ser
não me satisfaço
com as maças debaixo:
hei de estender meu braço
às que estão no alto
ao há de algo que há
no topo da macieira
ou no outro lado
à margem da beira

se a humanidade
é só isso que vejo
então também devo
apequenar meu desejo?
por mais que vós façais
em fazer com que o feito
seja o que está feito
não sigo e nem consigo
com que a vós
sangre o meu respeito

há um haver
acima do pouco
(como diria o paciente
que de incontente
ficou louco)
mas  o mundo
se imunda no nada
e todo sucesso
é o vazio da fachada

há algo mais a se amar-te...
se disso eu me esqueça
lembra-me ao sempre
ó Arte

Um comentário:

Enigma disse...

Olá,

Eh sempre esse querer mais
E mais que nos alimenta,
Ou será a insatisfação?
Não sei, não compreendo
... E acho que por certo
jamais irei compreender.

"há algo mais a se amar-te...
se disso eu me esqueça
lembra-me ao sempre ó Arte".

Um abç e um bj.

Enigma